João Ricardo defende participação das associações em comitê de política de valorização do primeiro grau no CNJ

João Ricardo defende participação das associações em comitê de política de valorização do primeiro grau no CNJ

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, defendeu, em sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a inclusão das associações de magistrados na resolução que institui a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição.

O ato normativo, que entrou na pauta de votação do CNJ nesta terça-feira (8), busca estabelecer políticas permanentes de priorização do primeiro grau por meio de iniciativas concretas do Poder Judiciário para a melhoria da primeira instância.

A conselheira Maria Cristina Peduzzi discordou do relatório do juiz Rubens Curado quanto à participação das associações de magistrados no Comitê Gestor Regional, órgão responsável pela gestão e implementação das políticas no âmbito local. Para Peduzzi, a escolha dos juízes e servidores integrantes do comitê deveria ser feita pelo tribunal e não pelas entidades de classe. A conselheira pediu vistas do processo.

Presente à sessão, João Ricardo pediu a palavra para defender as associações: “A legitimidade das políticas públicas do Conselho Nacional de Justiça ficará fragilizada se for excluído o braço político da magistratura. Nós temos muito interesse em participar e estamos totalmente voltados à questão da eficiência da jurisdição, principalmente do primeiro grau”, disse o presidente da AMB aos conselheiros.

Curado também defendeu a participação das associações. “A exclusão dessas entidades representará um grande retrocesso em termos de democratização e de governança colaborativa, aspectos que o próprio Conselho incentivou ao convocar audiência pública para discussão desse tema”, afirmou.

João Ricardo reiterou que a AMB está profundamente interessada em todas as propostas que valorizem o primeiro grau de jurisdição. “Nós somos uma entidade que congrega 14 mil magistrados brasileiros e queremos colaborar no processo de superação desse grave problema, que é a ineficiência dos serviços judiciais prestados à sociedade”.

Fonte: AMB