Nesta quarta-feira (29/11), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu a campanha “Cartoons contra a Violência”. A exposição idealizada por mulheres ligadas a artes visuais, segue um movimento que visa a alertar sobre as múltiplas faces da violência de gênero. Ao todo, a exibição possui 14 obras e está exposta no museu Sepúlveda Pertence do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em exposição até o dia 19 de dezembro, a ação se uniu, em novembro, ao movimento mundial dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. O momento de lançamento ao público contará com membros da corte brasileira, como o presidente do STF e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, assim como do CEO da Agência Leo Burnett, responsável pela campanha dos cartoons, e de representantes da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), idealizadores do projeto.
Nas obras apresentadas, são representados diversos tipos de abusos que acometem mulheres, dentre eles: abusos físicos, sexuais, patrimoniais, psicológicos e morais e os pensamentos do machismo e sexismo estruturais, que são comuns dentro da sociedade e afetam a construção social das mulheres. As violências, são expressas nas artes dos cartoons que convidam o espectador à reflexão.
A exposição das obras também reflete os avanços do CNJ e STF nos últimos anos no firmamento de ações no combate a violência de gênero. Em um de seus movimentos em prol da defesa das mulheres, o STF declarou a constitucionalidade da Lei Maria da Penha, que determinou por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4224 que o Ministério Público poderia dar início à ação penal sobre violência contra a mulher sem necessidade de representação da vítima
Foto: Fellipe Sampaio / STF