O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) somou três votos para implementar uma alternância entre homens e mulheres na promoção de juízes no país, como forma de reparar a falta de equidade de gênero na magistratura. A iniciativa foi discutida em Sessão do CNJ na última terça-feira (19/09), sendo o pedido feito pela desembargadora federal da 4ª Região Salise Sanchotene, que integra o CNJ. Na prática, a proposta altera a resolução 106/2010 ao sugerir a abertura de editais alternados para a formação de listas mistas e exclusivas de mulheres, até o atingimento de paridade de gênero nos tribunais.

O julgamento, porém, foi suspenso por um pedido de vista do conselheiro Richard Pae Kim, que prometeu devolvê-lo na sessão de terça-feira (26). Será a última da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Rosa Weber, antes da aposentadoria. A ministra reconheceu que o tema é sensível, mas disse que, em uma democracia, não deve haver assuntos tabus.

A ACM acompanha com atenção as decisões que serão tomadas com relação a esse assunto, acreditando que o CNJ saberá dar o correto encaminhamento dessa relevante questão.