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O notável empresário cearense Francisco Ivens Sá Dias Branco, que me deu a honra de sua amizade, ao ser entrevistado em televisão local, respondendo à pergunta sobre o governo Luiz Inácio Lula da Silva/Henrique Meirelles, afirmou “que o mesmo estava dando certo, porque o presidente era pragmático; sendo de esquerda, colocava para gerir as finanças um homem de direita”.
À época, o ex-presidente “surfava” em popularidade, a ponto de eleger para sucedê-lo pessoa sem nenhuma experiência política, cuja diretriz econômica redundou em enorme fracasso.
Agora, há a necessidade de se encontrar um ponto de equilíbrio, como fez o ex-presidente Itamar Franco, cuja gestão é relembrada pela lisura e sensatez, sendo emblemático o episódio envolvendo Henrique Heargreves, afastado do cargo até a comprovação da licitude de seu comportamento.
O atual presidente, que antes de assumir reconheceu ser necessário pacificar o País, infelizmente não está tendo êxito. Está engolfado por disputa entre os que querem permanecer no poder a qualquer custo e os que pretendem uma nação livre da erva-daninha da corrupção; entre os que acham que o serviço público é a causa de todos os males e o privatismo à panacéia.
Entre os que tributam os servidores, mas não se pejam de aumentar, repetidas vezes, benesses próprias, como o fundo partidário; entre os que não querem ver que carreiras públicas, Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal são responsáveis pela fiscalização eficaz da coisa pública.
Enfim, de liderança despida de viés ideológico, com visão de estadista, capaz de colocar os superiores interesses nacionais acima dos pessoais ou de grupos, levando, com honestidade, a nação à paz e ao desenvolvimento.
Byron Frota
Magistrado
Fonte: Diário do Nordeste