hera-400x762O Diretor da Esmec, desembargador Heráclito Vieira, em sua fala no V Encontro da Magistratura, na noite de ontem (08/12), destacou que, em seus 30 anos de existência, a Escola “tem sido e será sempre um espaço para pensamentos divergentes e equilibrados, onde se discutem saídas para os problemas do Judiciário”.

Para o magistrado, “diante do momento complexo de crise econômica, política, social e jurídica por que passa o País, em que declarações e decisões de juízes ganham grandes proporções, nunca estivemos tanto em evidência quanto agora”, daí a “necessidade dos magistrados se debruçarem sobre temas com os que vamos discutir nesse Encontro, que tem por objetivo propiciar reflexões e diálogos sinceros sobre temas fundamentais do momento”.

Destacou que a Escola é um ambiente acadêmico onde se respeitam as diferentes opiniões e ideias, sem rancores ou linchamentos, em que se discutem saídas para essa crise, com argumentos racionais, sem preconceitos. “Aqui é o espaço para a divergência equilibrada, a discussão apoiada na racionalidade e na ciência do Direito, um vetor para que encontremos os caminhos, as soluções, as saídas de que necessitamos, sem nunca perder de vista os limites impostos na Constituição e no ordenamento jurídico.”

Em relação aos 30 anos da Esmec, o desembargador Heráclito disse que cultuar a memória da Escola não significa se agarrar ao passado, ou se impregnar de um saudosismo depressivo e estéril.

“Ao contrário, o registro do que se passou, as lembranças do que vivenciamos, das pessoas com quem convivemos e o que elas nos proporcionaram, não se constituem em apego ao arcaico, mas a oportunidade de valorização dos acertos e de identificação e autocrítica quanto aos erros cometidos, Não que essa atitude nos torne infalíveis. O tempo é inexorável e, doravante, muitos equívocos serão cometidos. Que não sejam os mesmos do passado, e que, fundados no reconhecimento de nossa memória, nos preparemos para enfrentar o novo.”

Fonte: ESMEC