Uma parceria público-privada vai promover a ressocialização de presos que cumprem pena no regime semiaberto por meio de capacitação para o trabalho e do empreendedorismo. É o que promete o projeto “Fábrica Escola – Teoria e Prática para a Vida”, que teve convênio assinado, na tarde de ontem, na sede da Associação Cearense de Magistrados (ACM).

 

Conforme projeto-piloto, o programa contemplará inicialmente 30 detentos e familiares. Durante 18 meses, os participantes receberão noções de empreendedorismo e preparo para o mercado de trabalho. A Universidade Estadual do Ceará (Uece), uma das parceiras, vai ceder estudantes e professores que farão trabalho de pesquisa e formação dos apenados, de acordo com o reitor Jackson Sampaio.


O projeto vai funcionar em uma casa localizada na avenida Dom Manuel. O espaço será mantido pela fundação e por entidades parceiras. Mas a ideia é que futuramente o local consiga se sustentar por meio da comercialização dos produtos que serão confeccionados pelos apenados, segundo Deusmar Queirós, presidente de fundação parceira da iniciativa.


Segundo a defensora pública Aline Miranda, do Núcleo da Defensoria Especializada em Execução Penal, os detentos serão selecionados pelo núcleo, que realiza um trabalho de acompanhamento com base em relatórios sobre o perfil dos apenados.


Para o presidente da ACM, Ricardo Barreto, o convênio contribuirá para mudar a realidade de presos e familiares. “Não há saída a não ser atuação forte da sociedade para dar oportunidade de melhoria, emprego e educação para os apenados”, enfatizou.