Nesta segunda, dia 28 de fevereiro, o presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM), Marcelo Roseno, reuniu-se com o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra VII), Germano Siqueira, com o objetivo de iniciar uma articulação entre as entidades representativas da magistratura.

A ideia é criar uma frente associativa local, a exemplo do que já acontece em alguns estados, para sensibilizar a bancada cearense em relação às prerrogativas e demandas da magistratura. Após a reunião na Amatra VII, está agendada para a próxima sexta, dia 04, um encontro com o representante da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) no Ceará, Eduardo de Melo Vilar Filho.

Segundo Marcelo Roseno, a partir da mobilização das entidades de classe será estudada a melhor maneira de reunir os parlamentares cearenses e trabalhar de forma coesa para demonstrar que há solicitações comuns que atingem todo o Poder Judiciário, seja na esfera federal ou estadual.

Germano Siqueira complementa: “É importante trabalhar essa unidade em um campo concreto de atuação, reproduzido nessa linha da frente associativa. Mais do que interessante, é realmente necessário juntarmos forças”. Além disso, o presidente da Amatra VII colocou à disposição do grupo um trabalho de análise legislativa feito pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) que pode ajudar a detalhar os perfis de atuação parlamentar que são sensíveis às demandas da magistratura.

Marcelo Roseno destaca alguns projetos em tramitação no Congresso Nacional que merecem atenção especial dos integrantes do Judiciário como os relacionados à recomposição dos subsídios, restabelecimento do ATS, da paridade e integralidade dos proventos de aposentadoria e pensão, férias etc, além da discussão sobre o Estatuto da Magistratura.

Para Roseno é preciso que as entidades de classe não só estejam coesas como reavaliem sua postura frente ao novo momento de controle social do Judiciário e do Sistema Judicial como um todo. “Precisamos nos mostrar solícitos às demandas sociais, perceber nosso papel não só como julgadores em um caso concreto, mas como protagonistas na distribuição da Justiça. Ao nos colocarmos como parceiros da sociedade, certamente também teremos o apoio social para preservar as garantias do Poder Judiciário que, na verdade, são garantias da própria sociedade”, finaliza.