Participaram do encontro representantes da ACM, ACMP, ADPEC, REJUFE e APECE e os deputados Cabo Sabino, Gorete Pereira, José Airton e Paulo Henrique Lustosa

A Associação Cearense de Magistrados (ACM) tratou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que propõe a Reforma da Previdência, com deputados federais do Estado do Ceará, na segunda-feira, 11 de dezembro, durante almoço. Representaram a ACM, o presidente da entidade, Ricardo Alexandre Costa, o vice-presidente, José Maria Sales, a diretora de comunicação social, Joriza Pinheiro, o diretor administrativo, Mauro Feitosa, o diretor de esportes, Roberto Bulcão e a 1ª secretária, Ana Cristina Esmeraldo.

O encontro foi promovido pela ACM em parceria com a Associação Cearense do Ministério Público (ACMP), a Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará, a Associação dos Juízes Federais da 5ª Região (REJUFE) e a Associação dos Procuradores do Estado do Ceará (APECE). Participaram os deputados Cabo Sabino (PR), Gorete Pereira (PR), José Airton (PT) e Paulo Henrique Lustosa (PP).

Ricardo Alexandre abriu o encontro destacando como objetivo discutir a reforma, argumentando que toda a sociedade será prejudicada, caso a PEC seja aprovada do modo como está na proposta “não afetará apenas o funcionalismo público, mas a população em geral, que vai sofrer sérias restrições caso essa proposta venha a ser aprovada”, afirmou. Na sequência, os presidentes de cada uma das entidades associativas reafirmaram a necessidade de diálogo sobre o tema, ressaltando pontos extremamente prejudiciais para a sociedade em geral.

O coordenador da bancada do Ceará, deputado Cabo Sabino, foi o primeiro a falar. Em seu pronunciamento o parlamentar destacou que caso seja aprovada essa será a 7ª reforma previdenciária em apenas 24 anos, assegurando que votará contra a aprovação da PEC. “Previdência não é dádiva. Não é um presente do Governo. Você contribui, você paga, é seu. Ao longo da sua carreira, você tirou do seu salário para fazer uma poupança. Acredito que os parlamentares que estão vendo, sentindo e ouvindo as ruas, não serão a favor. É votar contra si próprio, contra nossas famílias, nossos amigos”, declarou Sabino. O parlamentar justificou a ausência dos deputados, Chico Lopes, Raimundo Gomes de Matos, Aníbal Gomes, André Figueiredo, Leonidas Cristino.

José Airton, também declarou que votará contra a PEC, ressaltando que “o que nós estamos enfrentando faz parte de uma estratégia contra o povo brasileiro. Essa é uma estratégia para nos fragilizar”, disse. Já Gorete afirmou que há inconsistências na proposta e que “a reforma não foi bem discutida com a sociedade. Portanto, não tem condições de ir dessa forma, prejudicando uma quantidade muito grande de trabalhadores”, falou. Já Paulo Henrique afirmou que a reforma é inevitável, mas se pôs à disposição das categorias para encontrar estratégias para amenizar os danos. “O que tenho para falar é que ouvirei vocês, construiremos a discussão e elaboraremos uma estratégia para encontrarmos uma melhor solução”, assegurou.