destaq-3-1-1024x485Pelos relevantes serviços prestados à formação intelectual dos magistrados cearenses, quinze ex-Diretores e doze ex-Coordenadores da Esmec foram homenageados com uma placa comemorativa dos 30 anos da Escola, na solenidade de abertura do V Encontro da Magistratura Cearense, na noite de ontem (08/12).

Em nome dos agraciados, discursou o desembargador Francisco de Assis Filgueira Mendes, o dirigente que mais tempo atuou como coordenador da Esmec: de 1988 a 2000.

O desembargador lembrou que, mesmo sendo criada em 1986, a instalação da Escola deu-se em 20/10/1988, no primeiro andar do Tribunal de Justiça (Cambeba), onde funciona hoje a capela do Judiciário. O primeiro curso foi de aperfeiçoamento em Processo Civil, em parceria com o Instituto Brasileiro de Direito Processual.

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Des. Filgueira Mendes

“Nossa luta foi grande. Podemos dizer que a Escola passou por três importantes fases: na primeira, quando de sua implantação, tivemos uma oposição ferrenha à nova ideia de uma escola para a magistratura; na segunda, tentaram ridicularizar a instituição; e na terceira, veio a aceitação da Esmec como um instrumento reformador da estrutura do Judiciário e formador de magistrados”, lembra Filgueira Mendes.

Dentre as dificuldades enfrentadas, recordou o magistrado, estava a falta de pessoal, o que foi parcialmente sanada com o apoio voluntário de estudantes de Direito, dentre eles o atual Procurador Geral do Estado, Juvêncio Vasconcelos, presente à solenidade. Mendes também citou o apoio de instituições (como BNB, Coelce e Fundação Paulo Bonavides) que patrocinaram os primeiros curso de formação inicial e continuada de magistrados.

Para o desembargador, a homenagem prestada aos ex-dirigentes da Esmec é justa, e reflete “o suor e as lágrimas de todos nós que passamos pela Escola”.

“A Esmec vive e vai viver sempre, por que representa uma magistratura independente, autônoma, autêntica, que não comporta hierarquias verticalizadas e sim horizontalizadas; que não aceita juízes partidários, e sim independentes. A Esmec está no nosso coração, nos nossos sonhos, na nossa luta por um Judiciário melhor.”

Descontração
A última atração do evento foi a palestra bem humorada do advogado Haroldo Guimarães sobre “O Jurista na era da informação rasa e abundante”. Ele falou sobre suas vicissitudes na carreira da advocacia, com humor e fina ironia, arrancando gargalhadas da plateia. Discorreu também sobre a atuação dos magistrados, que devem ser vistos como pessoas normais. “O juiz é humano, tem os mesmos defeitos e as mesmas necessidades que um cidadão comum. Não deve ser encarado como um ser superior.”

Fonte: ESMEC