Na solenidade da 3ª edição do Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos o presidente da AMB, João Ricardo Costa, disse que o evento representa a luta da magistratura pelos direitos humanos e pela cultura de paz. A entrega do prêmio ocorreu na noite desta segunda-feira (17), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. “Estamos preservando a memória de uma grande juíza, que honrou a magistratura, que reflete o espírito e a energia de muitos magistrados brasileiros”, afirmou João Ricardo.
A cerimônia, que contou com a presença de alguns integrantes da diretoria da AMB, magistrados, parlamentares e estudantes, premiou os defensores dos Direitos Humanos. A Casa de Acolhida Frei Carmelo Cox, de Vila Isabel, foi a grande vencedora do prêmio na categoria Práticas Humanísticas. A entidade oferece orientação psicológica e pedagógica a 18 crianças e adolescentes.
Os primeiros colocados receberam um troféu estilizado com o rosto da juíza Patrícia Acioli. Nas categorias Trabalhos Acadêmicos e Práticas Humanísticas, os vencedores também ganharam prêmios em dinheiro. Já na categoria Redações dos Alunos do Ensino Fundamental, os estudantes foram contemplados com tablets.
Segundo o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), Rossidélio Lopes, esta edição teve recorde de inscrições. Foram mais de duzentas, de todas as regiões brasileiras e até uma do exterior. “A terceira edição consolida o prêmio Patrícia Acioli no calendário cultural do Rio. Estamos felizes com o resultado e agradeço os que participaram e os artistas que cederam as suas imagens de forma gratuita. Foi um trabalho de conscientização da sociedade”, explicou.
Ricardo Barreto, vice-presidente de Direitos Humanos da AMB, elogiou a iniciativa da Amaerj ao ressaltar a importância nacional do prêmio. “Precisamos pegar exemplos de hoje para multiplicar e apoiar. A AMB ao participar dá esse empurrão nesse projeto”.
Para o vice-diretor presidente da ENM, Claudio Dell’Orto, realizador da primeira edição, o prêmio se consolida como um dos mais importantes incentivadores da pesquisa e da prática da proteção integral da dignidade da pessoa humana. “A morte da Patrícia Acioli, numa situação em que defendia os direitos humanos, que era uma mulher trabalhando saindo de casa, assassinada por agentes do próprio estado, não pode deixar de ser um símbolo da resistência da sociedade e do Poder Judiciário”, disse.
A premiação contou com apresentações de Carlinhos de Jesus, Coral de Crianças da Fundação Xuxa Meneghel, Orquestras Sinfônicas e da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Participaram também da cerimônia, os vice-presidentes da AMB, Sérgio Junkes (Institucional), Paulo Feijó (Efetividade da Jurisdição), Andréa Pachá (Diretora Cultural), os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Ideli Salvatti (Direitos Humanos), a presidente do TJRJ, Leila Mariano, entre outras autoridades.
Confira abaixo todos os premiados:
• Categoria Práticas Humanísticas
1º lugar: Casa de Acolhida Frei Carmelo Cox
2º lugar: Associação Casa de Afonso e Maria
3º lugar: Projeto Lego – Mudança de Paradigma
• Categoria Trabalhos Acadêmicos
1º lugar: Carlos Frederico Gurgel (A arte de ensinar a estudar o direito, mediar, sensibilizar, humanizar)
2º lugar: Fabrício Marcelo Vijales (A educação em direitos humanos, reconhecimento do uso do nome social, da retificação do pronome do registro civil para travestis e transexuais e fragilidades)
3º lugar:Daniel Rodrigues Thomazelli (A EJA como um instrumento de concretização do direito à educação e do fortalecimento do princípio da dignidade da pessoa humana)
• Categoria Redações dos Alunos do Ensino Fundamental
1º lugar:Maria Eduarda Ramos da Silva (Colégio Municipal Amaral Peixoto)
2º lugar:Juan Santos Gabriel Boris (Casa de Acolhida Frei Carmelo Cox)
3º lugar:Jade Calado Bastos (Escola Municipal Pio X)
– Prêmio Especial
Raphael Tavares Porto (Colégio Municipal Presidente Castelo Branco)
Fonte: AMB