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Da direita para a esquerda, Plácido Rios (ACMP), Antônio Araújo (ACM) e Valdetário Monteiro (OAB-CE)

A Associação Cearense de Magistrados (ACM) realizou, na manhã de 14 de agosto, no átrio do Fórum Clóvis Beviláqua, uma ação de esclarecimento à população sobre as deficiências do Poder Judiciário cearense que prejudicam a entrega da justiça à sociedade. A iniciativa faz parte do Movimento pela Democratização e Transparência do Judiciário, desenvolvido pela entidade. Em apoio, compareceram o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Ceará (OAB-CE), Valdetário Monteiro, e o presidente da Associação Cearense do Ministério Público (ACMP), Plácido Rios.

Dezenas de pessoas, entre juízes, advogados e promotores de justiça compunham o grupo que se manifestou no átrio. Houve também distribuição de panfletos informativos, elaborados pela ACM, que expõem muitos dados sobre os problemas do Judiciário, como a carência de juízes, servidores, segurança, infratestrutura física, entre outros.

Para o presidente da ACM, juiz Antônio Araújo, a ocasião foi marcante. “É um dia histórico, pois acredito que é a primeira vez que o Ministério Público, a OAB-CE e o Poder Judiciário se unem para mostrar para a população essas dificuldades. Temos uma missão, vamos ao Legislativo, vamos ao Executivo com o objetivo de transformar o sistema de justiça em algo digno, conforme a população merece”, destacou Araújo.

Durante o evento, Valdetário Monteiro defendeu a valorização do primeiro grau. “A segunda instância melhorou, os processos estão correndo com mais celeridade, mas a primeira instância ficou esquecida e é na primeira instância onde estão as grandes concentrações de causas”, ressaltou. “Há hoje, clara e manifestamente, uma sobrecarga de trabalho no Judiciário, poucos magistrados, muitas comarcas. Há juízes no interior do estado respondendo por três, quatro comarcas, o atendimento aos advogados fica prejudicado, a prestação jurisdicional fica prejudicada, é uma situação crítica”, acrescentou.

A ideia teve reforço de Plácido Rios. “O sistema de justiça no Ceará está extremamente fragilizado, seja no Ministério Público, na Magistratura e também na Defensoria Pública e luta por condições dignas para exercer o importante papel que nós temos perante a sociedade. E o caminho pra rompermos com essa situação é justamente isso aqui, a mobilização”, pontuou.

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Juízes, advogados e promotores de justiça manifestaram-se no átrio do Fórum

Movimento
As próximas ações do Movimento pela Democratização e Transparência do Judiciário estão agendadas para 11 de setembro, 9 de outubro, 13 de novembro e 4 de dezembro.

 

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