A nova turma de juízes concursados no Ceará está concluindo o seu curso de formação, curso que o novos juízes participam, após a aprovação no concurso. A ACM acompanhou todo esse processo para dar suporte aos novos empossados. A aprovação no cargo de juiz demanda um esforço individual ao longo de anos de estudo e de dedicação. No Ceará, 22 novos magistrados e magistradas estão tomando posse e ingressando em exercício nas suas respectivas comarcas. A ACM conversou com o juiz nomeado para Itarema, Gustavo Farias Alves; com a juíza nomeada para Jaguaretama, Edwiges Coelho Girão, e com o juiz nomeado para Bela Cruz, João Luiz Chaves Júnior, sobre a escolha da profissão, os desafios e as oportunidades do início de carreira.

Para o magistrado Gustavo Farias Alves, a sensação é indescritível e há um turbilhão de emoções ao tomar posse do cargo. O juiz considerou ser “uma satisfação enorme iniciar os trabalhos, após o curso de formação inicial. Um desafio gigante e inúmeras responsabilidades, inclusive administrativas, como Diretor do Fórum”.

“São inúmeras atribuições e muitos desafios nesse início, mas todas as experiências são válidas, inclusive as dificuldades que surgiram em minha vida, afinal foram elas que me impulsionaram a querer assumir a função de Estado-Juiz. Espero e confio que terei todo o apoio da Mesa Diretora do TJCE e da ACM para o desempenho de minhas funções, especialmente nesse momento conturbado inicial de transição e de muito aprendizado ainda”, ressaltou o juiz.

Para a juíza Edwiges Coelho Girão, esse era um desejo pessoal desde os tempos da faculdade. “Fui advogada durante muitos anos, trabalhei na advocacia pública federal, mas a certeza de que a realização profissional viria a partir do momento em que pudesse exercer a função de juíza, persistia. E então fui brindada com a aprovação no concurso da magistratura no meu Estado do Ceará! E mais recentemente, no primeiro feriado em que exerci a função de juíza plantonista, novamente tive a certeza que essa é a carreira que sempre fui vocacionada a seguir. Sem sombra de dúvidas valeu a pena os esforços para chegar até o Poder Judiciário. Poder fazer valer o Direito no caso concreto, exercer uma missão de garantia de direitos perante a população cearense, especialmente no interior do Estado, não tem preço. Também tenho certeza que os demais colegas que estão nessa turma farão um grande trabalho nas comarcas do interior de nosso Estado”, frisou a magistrada.

Segundo o juiz João Luiz Chaves Júnior, a sensação é uma mistura de grande felicidade e responsabilidade por representar o Judiciário Cearense no interior. “Seja dentro do fórum, com a nossa atuação funcional como magistrados (prestando a tutela jurisdicional); seja fora do fórum, como cidadãos que, embora comuns como todos os demais, aos olhos da população, exige-se, no dia a dia, uma conduta equilibrada, respeitosa, serena, cordial e ilibada. Inicialmente, comecei minha carreira no serviço público como policial e, ao retomar os estudos, tinha como objetivo a carreira do Ministério Público. Porém, tive a grata surpresa de ser aprovado como analista judiciário do TJDFT, onde pude conhecer com mais propriedade o dia a dia dos magistrados daquele tribunal. A partir daí, tive a certeza de que eu também queria integrar a magistratura. Valeu muito a pena todos os desafios para chegar até aqui. Embora as dificuldades tenham sido muitas, não apenas para mim, mas especialmente para minha esposa e filhos, ver a felicidade deles no dia da minha posse foi uma das sensações mais marcantes que eu já tive na vida, afinal de contas, tudo o que eu faço é por eles”, relatou o magistrado.

O presidente da ACM, José Hercy Ponte de Alencar, ressalta que é uma alegria poder ver de perto novos juízes tomando posse de seus cargos. “É uma satisfação enorme ver que sonhos estão se realizando e que a nossa magistratura tem muito a ganhar com esses novos juízes e novas juízas que estão tomando posse nas comarcas do nosso Ceará. Não tenho dúvidas de que farão um trabalho brilhante, pautado na ética e sem esquecer da humanização que o nosso judiciário precisa ter. A Associação Cearense dos Magistrados sempre estará à disposição para auxiliá-los no que for preciso”, disse o presidente.