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As lembranças tornaram-se ainda mais vivas com a exibição de fotos que marcaram a carreira dos magistrados

O presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM), juiz Antônio Araújo, participou da celebração dos 30 anos de magistratura da turma de 1986. O evento ocorreu na manhã desta quinta-feira, 1° de setembro, durante Missa em Ação de Graças, realizada pelos aniversariantes, na Capela Nossa Senhora de Fátima, no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.

Em uma comemoração repleta de emoção, as lembranças tornaram-se ainda mais vivas com a exibição de fotos que marcaram a carreira dos magistrados. Compõem a turma, empossada em 1986, 48 magistrados, entre desembargadores e juízes – da ativa e aposentados. Na ocasião, foi feita homenagem póstuma aos membros da turma já falecidos.

Relembrando a trajetória, a desembargadora Nailde Pinheiro falou sobre as dificuldades, os valores e a importância da magistratura para a sociedade. “Com a inquietude dos sonhos de jovens, recém-aprovados no concurso público para a magistratura, iniciamos, os 20 primeiros aprovados, o percurso de um longo caminho profissional no dia 1° de setembro de 1986. Percorrer este caminho não foi fácil, pois aprendemos muito cedo que a magistratura é renúncia, dedicação, ética e responsabilidade. Que, o amanhã e muitas pessoas, dependem daqueles que precisam valer-se de uma boa dose de sacerdócio para cumprirem a sua verdadeira missão. Tenho certeza que cada um procurou, ao longo do tempo, oferecer o melhor de si a nossa instituição e, em especial, aos jurisdicionados”, disse a magistrada.

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A turma tomou posse em 1° de abriu de 1986

O juiz José Lopes enalteceu o momento definindo o significado do dia para ele. “O encontro traz de volta o tempo. Parece que foi ontem, mas as fotografias nos delatam. O ontem se encontra com o hoje e a alegria de estarmos juntos nos anima. As lembranças chegam de nossos 30 anos de concurso e também de magistratura. Que bom comemorarmos com alegria, saúde e as graças de Deus. Aos que foram para a glória, sentimos saudades. Muita saudade. A emoção neste momento nos domina. O coração bate forte e as lágrimas caem, mas é de alegria, pela caminhada dura, mas gratificante, pois aqui estamos por amor à Justiça”, afirmou.

“A data de hoje representa um marco na história da Justiça do Ceará. Os 30 anos da turma registra vidas dedicadas ao exercício dessa nobre missão, que é a prestação jurisdicional. Hoje, comemoramos não apenas o aniversário de magistratura dos colegas, mas os relevantes serviços prestados com dedicação à sociedade”, destacou Antônio Araújo.

Para a desembargadora Lisete Gadelha o exercício da magistratura vai além da realização pessoal, alcançando o que para ela é essencial, o senso de justiça. “É ter proporcionado a cada cidadão a justa prestação jurisdicional. Não tem como definir, pois a trajetória não é fácil. Até hoje temos nossos percalços, mas, graças a Deus, nós aplicamos o bom direito sempre”, afirma. Com muita emoção, ao falar sobre o que marcou sua carreira, a magistrada relatou a situação por ela vivida minutos antes da celebração. “Quando eu estava descendo para vir à missa, uma senhora se aproximou de mim e de mais três colegas e disse: – Desembargadora, eu vim aqui para lhe parabenizar. Tenho certeza que a senhora não se lembrará de mim, mas quando eu mais precisei, a senhora me abriu os braços”.

“Estamos celebrando 30 anos de magistratura com muito entusiasmo. Um percurso de muitos sentimentos. Alegrias, preocupações, mas também de muita satisfação pelo fato de sabermos que prestamos um relevante serviço à sociedade. Sempre que nos deparemos com as lágrimas de felicidade dos jurisdicionais que, com o apoio da magistratura, tem o seus direitos garantidos, nos dá uma grande emoção”, declarou a juíza Maria do Livramento Alves.