20141011_DN_Politica_Candidatos discutem pendencias da justica

Candidato discute as pendências da Justiça
11/10/2014

Eunício Oliveira, segundo sua assessoria, não teve agenda de campanha fora do comitê na sexta-feira

O candidato Camilo Santana (PT) prometeu criar uma equipe técnica para realizar reuniões periódicas voltadas para a solução das demandas do Poder Judiciário. Ontem, o petista participou de um encontro com representantes da Associação Cearense dos Magistrados (ACM). Já durante a noite, reuniu-se num hotel da Capital com os candidatos proporcionais da coligação eleitos e suplentes para discutir as ações em defesa da campanha majoritária.

O candidato Eunício Oliveira (PMDB) não participou de nenhuma evento externo para se dedicar apenas a atividade internas da campanha, disse sua assessoria. Durante a manhã, o peemedebista gravou inserções para o horário eleitoral gratuito. Pela tarde, o postulante apenas se reuniu com os responsáveis pela coordenação da campanha para discutir estratégias.

No encontro de Camilo Santana com os representantes da ACM, o petista ouviu reclamações da categoria sobre como a limitação imposta ao Judiciário no Orçamento tem prejudicado a atuação do setor. No debate com os magistrados, o postulante precisou responder se transformará o Poder numa secretaria de Estado ou garantirá a independência necessária.

“Se Deus quiser e o povo do Ceará me der essa oportunidade, eu pretendo fazer um governo de muito diálogo. Eu quero sentar com a categoria, sentar com os magistrados. Com muita franqueza e com muita sinceridade que a gente possa construir conjuntamente dentro dos limites que o Estado tem”, disse.

O candidato disse ter um defeito de não prometer aquilo que não pode cumprir. “Tudo o que eu fiz nessa campanha foi apresentando o que é possível ser feito nos próximos quatro anos no Ceará”, pontuou.

Camilo Santana afirmou aos magistrados que pretende se reunir com a categoria logo no início da gestão para formar uma equipe técnica que faça um planejamento gradual durante quatro anos voltado para organizar o Judiciário e capacitá-lo para atender as crescente demanda.

Aposentadoria
“Parte dos recursos do orçamento do Estado é para pagamento de aposentadoria, previdência, Assembleia e Poder Judiciário. Então, o que eu me disponho a discutir é qual o Orçamento deles, quanto é de despesa e o que é necessário para esse Poder. Como governador, criarei uma equipe técnica, sentarei com a equipe da Associação e da própria Justiça para que a gente possa definir e verificar onde é que nós precisamos melhorar”.

Questionado como os magistrados poderiam acreditar neste diálogo se todos os problemas persistiram após dois mandatos do governador Cid Gomes, Camilo Santana alegou que nenhuma administração é capaz de solucionar todos os problemas do Estado em quatro ou oito anos.

“Eu sou candidato para garantir tudo de bom. Ninguém constrói ou resolve os problemas do Governo em quatro ou oito anos. Então, eu sou candidato para garantir as coisas boas, para corrigir o que não está bom, para melhorar o que não está funcionando bem e renovar com novos projetos e novos serviços”, disse.

Durante a conversa com os magistrados, Camilo Santana ainda detalhou os principais problemas enfrentados pelo Poder Judiciário. “Concordo que é preciso melhorar os investimentos do Judiciário, implementar essa questão do duodécimo, que é um debate antigo que vem sendo discutido(?) Acho que precisamos olhar muito para o primeiro grau da Justiça, para o Interior, para as comarcas. Às vezes, a falta de estrutura para o juiz trabalhar”, relatou.

Para resolver o problema do baixo Orçamento destinado ao Poder Judiciário, o candidato Camilo Santana também chamou atenção para a necessidade de solucionar outras questões que permitam o aumento da arrecadação do Estado.

“Enquanto o Estado não resolver o problema da energia, da água, da infraestrutura, fica difícil o Estado crescer e gerar oportunidade. Isso delimita a questão orçamentária do Estado. O Ceará representa hoje 4,5 % da população do Brasil, mas economicamente nós representamos apenas 2,2% do PIB do Brasil. Ou seja, a gente vive com a metade da média”, destacou.

 

Fonte: Diário do Nordeste