Quebrando todas as formalidades, o presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM), Juiz Ricardo Barreto, abriu o IV Encontro da Magistratura Cearense (EMC) sem discurso previamente definido e sem a tradicional composição da mesa. O gesto deu a tônica do Encontro, cuja proposta, segundo Barreto, “é, em parte, desanuviar um pouco esse clima que vivemos em nossas comarcas devido à dura carga que carregamos em nossos ombros”, comentou em sua fala inicial.
O Encontro prosseguiu com a apresentação do coral do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), ao embalar os quase 300 participantes que lotaram o auditório da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec) na noite de ontem. Em seguida, uma esquete interpretada por dois jovens atores trouxe ao palco um pouco da vida dos magistrados. Antes de encerrar o momento com a distribuição de algumas rosas e uma mensagem de esperança, a dupla fez muita gente rir.
Ápice
Coroando a noite de abertura, o psiquiatra Augusto Cury compartilhou um pouco de seu conhecimento com os presentes. Ou, como ele prefere chamar, transferiu o seu capital de experiências aos que ali estavam. Falou basicamente sobre saúde emocional, como o pensamento é formado alheio a nossa própria vontade e de como deveríamos dar mais atenção a nós mesmos.
Se zelamos pela higiene diária, por que não fazemos o mesmo com a nossa higiene mental?, indagou à plateia. E assim seguiu por mais de 90 minutos, com naturalidade e sem fazer uso de outros recursos além da voz.
“Quem não tolera as pessoas lentas? Você tem que entender que as outras pessoas não são lentas, você que é rápido demais. O seu ritmo é o de uma máquina que trabalha incansavelmente. Talvez vocês tenham que aprender o ócio criativo, fazer muito com menos, resgatar aquilo que o dinheiro não pode comprar, abraçar mais, elogiar mais, transferir o capital das experiências”.
Com 32 livros publicados, Augusto Cury encerrou sua participação curvando-se diante da plateia, que o aplaudiu de pé. A finalização do primeiro dia de Encontro ficou por conta do coquetel de abertura, regado à descontração e música instrumental.
